quarta-feira, 11 de março de 2015

IUPE Educação: Dicas sobre avaliação processual

Amigos,

Uma das coisas mais mal entendidas na educação é o processo da avaliação, a começar pelo desentendimento de qual deveria ser o seu objetivo real.

O objetivo da avaliação está diretamente ligado aos objetivos da educação, mas também está diretamente ligado aos objetivos da escola.

Se o objetivo da escola for selecionar os melhores, mais capazes, mais estudiosos e mais inteligentes alunos, para que a escola seja bem vista pelo público em geral, o objetivo das avaliações passam a ser reprovar os que apresentarem dificuldades, para que sobrem apenas os melhores e, com isso, a escola terá sempre os melhores índices de aprovação em provas, concursos e tudo o mais.

Mas se o objetivo da escola for o de garantir aprendizagem real para todos os seus alunos, incluindo aqueles que apresentem dificuldades de aprendizagem e anomalias neuro-psíquicas, o objetivo da avaliação passa a ser a análise permanente das metodologias utilizadas, a adaptação dessas às características cognitivas dos alunos e a criação de novas.

Para esse segundo caso, que é o que eu recomendo, precisamos criar meios de acompanharmos, passo-a-passo, o desenvolvimento de cada aluno, para que as intervenções sejam realizadas imediatamente, sempre que uma dificuldade for detetada.

Para facilitar esse acompanhamento individual, sugerimos que a aula seja dividida em duas etapas:

A primeira etapa é a apresentação do assunto, que deve ser na forma de marketing, propaganda, trailler de filme, etc. Ou seja: O professor estimula os alunos de forma que todos fiquem interessados e curiosos sobre o tema. Nessa apresentação o professor dá os conceitos principais e ensina o básico do assunto.

A segunda etapa, que deve ocupar todo o restante do tempo de aula, o professor coloca os alunos em grupos operativos e distribui, para cada grupo, o estudo dirigido sobre o restante do assunto. Nessa etapa o professor visita cada grupo para observar o trabalho, orientar a sua realização, tirar as dúvidas e, ao mesmo tempo AVALIAR o processo de trabalho em grupo, Essa avaliação já deve ser registrada, para que sejam detetadas as dificuldades cognitivas, as dificuldades criadas por relaxamento e preguiça, e as habilidades que possam surgir.

Na terceira etapa o professor passa tarefa para casa, deixando claro que a tarefa também estará sendo avaliada, só que essa de forma individual.

A quarta etapa é constituída por testes e provas, individuais ou em grupo, sempre que terminar um capítulo do assunto, para que as dúvidas sejam acompanhadas assim que elas surgirem, e nunca ao término de uma unidade letiva.

A coordenação deve reunir todos esses dados e relatos de todos os professores, para que seja realizada a análise das características cognitivas e comportamentais dos alunos e irmos para a quinta etapa, que é:

Quinta etapa: Análise, pelo Conselho de Classe, do desenvolvimento de cada aluno e das alterações que devam ser feitas nas metodologias, visando a aprendizagem real de todos.

Vamos aplicar e vamos discutir os resultados.

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