quarta-feira, 20 de maio de 2015

IUPE Educação: Dicas sobre Dificuldades de Aprendizagem

A constatação, pelos pais ou pelos professores, de algum tipo de dificuldade de aprendizagem, nem sempre é uma coisa muito tranquila.
Há pais que, por falta total de conhecimento, se negam a acreditar na existência de um problema real, que pode ser até um transtorno ou síndrome neuropsíquica, rotulando seu próprio filho de preguiçoso ou desinteressado.
Mas também há professores, profissão que exige esse tipo de conhecimento, que incorrem exatamente nesse mesmo erro! Insistem com o aluno para que ele realize algum tipo de atividade, rotulando-o de preguiçoso ou relapso, sem procurar identificar se existe algo a mais, além de uma aparente falta de vontade de raciocinar, estudar ou escrever...
Até mesmo a preguiça contumaz ou a aparente desatenção pode estar escondendo alguma espécie de mecanismo de defesa para camuflar uma dificuldade real. E essa dificuldade, que tanto pode ter origem em simples bloqueio emocional, como em alguma patologia neuropsíquica, precisa ser descoberta, identificada e acompanhada.
Se isso não é feito, os resultados são os piores possíveis para essa criança. A partir do rótulo de preguiçoso, desatento ou, pior ainda, burro, ela pode assumir forte sentimento de inferioridade perante seus irmãos, primos e colegas de rua e de escola, piorando ainda mais essa sua dificuldade.
O período escolar passa a ser um período de desespero, sacrifício, tristeza e revolta. Está criado um aluno cujas perspectivas de vida são as piores possíveis.
Ou ele vai apresentar uma característica de total apatia em sala de aula, ou vai tentar camuflar sua dificuldade, se mostrando inquieto, bagunceiro ou agressivo, mas dificilmente conseguirá, sozinho, vencer suas dificuldades para poder crescer intelectual ou emocionalmente.
Muitos desses alunos desistem de estudar e abandonam a escola, porque se sentem incapazes de aprender alguma coisa.
As consequências nós vemos todos os dias: o crescimento da população marginalizada, o aumento da criminalidade, o consumo e o tráfico de drogas, e muito mais.
O que precisamos, todos, entender, é que essa realidade pode ser revertida de forma muito simples, embora trabalhosa.
O segredo está na dedicação que nós, pais e professores, precisamos ter para entender cada uma das crianças em sua individualidade. Só assim poderemos identificar as características específicas de cada um e a forma que cada um deles apresenta para entender e compreender a nossa fala e os ensinamentos que queremos passar.
Quando, nesse processo de entendimento individual, encontramos dificuldades acima da média, está na hora de iniciarmos o processo de identificação dessas dificuldades, procurar ajuda dos profissionais adequados e iniciarmos a fase de acompanhamento especial, em casa e na escola.
A partir desse ponto, a depender do tipo de dificuldade, surgem diversos caminhos a percorrer:
Ao médico interessa identificar e iniciar o tratamento de alguma possível anomalia neuropsíquica, se houver.
Ao psicólogo interessa identificar e tratar alguma dificuldade comportamental, se houver.
Outros profissionais podem ser necessários, como o fonoaudiólogo e o nutricionista, por exemplo.
E a nós, pais e professores, interessa o seu desenvolvimento pessoal, emocional e intelectual.
Nosso ponto de partida é a identificação de suas habilidades atuais, mostrando ao aluno, a cada momento, do que ele é capaz, para elevar a sua autoestima, desenvolver a sua autoconfiança e criar força de vontade.
Em seguida o processo é, basicamente, utilizar essas habilidades para descobrir e estimular o desenvolvimento de suas potencialidades.
A continuidade desse processo permitirá a redução ou até a eliminação dos sintomas impeditivos de seu desenvolvimento, abrindo caminho para a construção da sua autonomia e o seu sucesso pessoal e profissional.
É muito importante que todos lembrem que, casos considerados perdidos, pela medicina, tornaram-se sucesso mundial, como, por exemplo a autista Temple Grandin, que continua autista, mas que é, hoje, pós doutora em ciência animal, cientista reconhecida mundialmente, palestrante internacional e professora universitária.
A ciência médica ainda não entende o que ocorre nesses casos, mas o esforço dos pais e professores é a grande diferença!
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