quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

IUPE Educação: primeiro dia da criança na escola

Como preparar meu filho para o primeiro dia de aula?


Olá amigos,

Nossa conversa de hoje vai ser dedicada aos pais, digamos, “de primeira viagem”, ou seja, aqueles que estão se preparando para levar o filho à escola pela primeira vez e estão ansiosos e preocupados em relação à reação do filho.

Vamos começar analisando a porta de uma escola de Educação Infantil, em seu primeiro dia de aula do ano.

Há crianças que chegam ansiosas pelo novo, um pouco desconfiadas a princípio, mas que se soltam imediatamente, após o contato com as professoras e os colegas.

Essas se despedem das mães sem qualquer medo, sem demonstrar tristeza alguma.

Há outras que não desgrudam da mãe e que insistem em voltar para casa. Choram, berram, esperneiam, tentando convencer a mãe de que a pior coisa do mundo seria deixa-la naquele ambiente hostil!

Nesse segundo caso, algumas mães desistem, e levam seu filho de volta, para tentar, quem sabe, no dia seguinte.

Essas apenas adiaram o seu sofrimento de mãe, que vai ter que enfrentar tudo de novo no dia seguinte.

Algumas mães preferem ficar um pouco com seus filhos na escola, o que deve ser muito bem combinado com os professores, já que isso permite interferências que poderão atrapalhar a rotina normal da escola.

Mas, se a escola permite, não há nada a opor.

O importante é tentar não interferir no processo pedagógico da escola, e mais importante ainda é não transformar isso em rotina!

Importante, também, que os pais conheçam muito bem qual o método que aquela escola utiliza para ambientação da criança novata, para evitar tomar atitudes que só atrapalhem a adaptação de seu filho.

Interferir em uma metodologia sem conhece-la corretamente pode destruir toda a sua eficácia.

Mas entre as crianças que foram deixadas chorando, há dois casos típicos: O daquela que se adapta assim que “esquece” da mãe, e a que não se adapta e mantém seu comportamento de revolta.

A adaptação assim que a mãe “some de vista” é o mais comum. Isso ocorre em diversos momentos da vida, surpreendendo as mães.

Já a insistência reativa, ou seja, a criança que não se adapta, nem com as intervenções pedagógicas específicas realizadas pelos profissionais da escola, essa precisará de intervenção psicopedagógica.

Quem vai apontar essa necessidade é a direção da própria escola.

Mas por que essas diferenças?

Ou seja: como preparar meu filho para que ele esteja na situação de fácil adaptação?

A diferença está no equilíbrio emocional, na segurança afetiva e na habilidade interpessoal que foram construídas nessa criança.

Educar a criança visando o seu equilíbrio emocional, a sua segurança afetiva e a sua habilidade no relacionamento interpessoal é uma tarefa trabalhosa e de muita responsabilidade!

Crianças que foram educadas sem estarem “grudadas” em seus pais conseguem construir uma sensação de segurança pessoal mais sólida do que as que desenvolveram total dependência afetiva.

No livro Afetividade na Educação eu mostro detalhadamente como fazer isso em cada fase de desenvolvimento da criança.

Mas vamos sintetizar aqui cinco dessas dicas, que podem evitar que esse primeiro dia de aula seja um transtorno para você:

1-Colo:

Colo é transporte (assista nosso vídeo sobre isso e veja os detalhes). Faça todos os afagos e carinhos em seu filho, com ele no berço. Nunca deixe que as pessoas fiquem com ele no colo.

Crianças que estão constantemente “no colo” desenvolvem uma insegurança emocional muito forte e criam uma forte dependência aos pais, muito difícil de ser desconstruída.

2-Creche:

Se puder coloque-o em uma creche confiável desde cedo. O relacionamento com outras crianças de sua idade é importantíssimo para o seu desenvolvimento cerebral pleno.

A desvantagem apontada por muitos avós é o afastamento afetivo entre pais e filhos durante o período da creche.

Essa relação afetiva deverá ser reforçada todos os dias entre a hora da saída da creche e a hora de dormir, quando os pais deverão se dedicar integralmente ao relacionamento afetivo.

Minha sugestão:

Enquanto um se dedica ao famoso banho lúdico e afetivo, que é mais brincadeira do que limpeza, o outro assume a massagem relaxante, contando histórias, até a criança dormir.

3-Clubes ou parques:

Se preferir não o colocar em creche, leve-o sempre a algum parque ou clube, para que ele se acostume a conviver com outras crianças. Brincar com colegas da mesma idade cria segurança no relacionamento interpessoal.

4-Habilidades pessoais:

Na fase sensório-motora (fase anal), observe e estimule suas conquistas e suas atividades físicas exploratórias sem limitá-lo, embora com o cuidado para que ele não se machuque.

5-Escuta ativa:

Preste atenção, de verdade, todas as vezes em que ele se dirigir a você. Não corte suas frases pelo meio, porque isso inibe a autoconfiança e cria dependência.

Ou seja: crie seu filho para ele ser autossuficiente e não para ser seu dependente!

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Forte abraço.

Até nosso próximo encontro


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