segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Neuropsicopedagogia: o que significa?

O neuropsicopedagogo é o profissional que reúne o conhecimento pedagógico e neuropsíquico necessários para entender a realidade neuropsíquica cognitiva do sujeito, visando:

Identificar as potencialidades cognitivas do sujeito, independentemente do tipo de dificuldade de aprendizagem, distúrbio, transtorno ou qualquer anomalia neuropsíquica que esteja presente.

Estimular o desenvolvimento dessas potencialidades, com base no conhecimento do funcionamento e programação das suas redes neurais.

Treinar os professores e orientar os pais no entendimento neuropsíquico cognitivo de seus alunos e filhos, visando possibilitar a verdadeira inclusão escolar e social.

Identificar os sintomas que dificultam o processo ensino-aprendizagem, desde os primeiros anos de vida.

Fazer a análise comparativa dos sintomas visando identificar os que podem ser provenientes de bloqueios emocionais e os que podem estar relacionados às anomalias comportamentais, neuróticas, neurológicas, psíquicas ou outras.

Encaminhar os que apresentem sintomas semelhantes aos distúrbios de comportamento, neuróticos, neurológicos ou psicogênicos para tratamento com o psicólogo infantil, psicanalista infantil, neuropediatra, psiquiatra infantil e outros.

Encaminhar os que apresentam distúrbios estruturais de fala, audição, visão, para tratamento com fonoaudiólogo ou exame com otorrinolaringologista, oftalmologista e outros.

A neuropsicopedagogia é, então, uma ciência transdisciplinar, reunindo conhecimentos das áreas da neurociência cognitiva, da psicologia cognitiva, da pedagogia e da psicopedagogia.

Os alicerces da prática neuropsicopedagógica são as teorias de aprendizagem e as estratégias para o ensino-aprendizagem, acrescidos do conhecimento neuropsíquico cognitivo.

As metodologias utilizadas na sua prática levam em consideração:

O estímulo perceptivo desde os primeiros anos de vida e até, pelo menos, os 7 anos de idade, como forma de prevenção de sintomas que possam ser confundidos com síndromes, transtornos e demais anomalias neuropsíquicas, auxiliando a formação, formatação e programação correta das redes neurais.

O estímulo perceptivo e intelecto-emocional de crianças e de adolescentes com sintomas de dificuldades cognitivas, visando a redução dos sintomas com base na plasticidade cerebral.

O estímulo perceptivo e intelecto-emocional de idosos e pessoas com necessidades especiais, com sintomas de dificuldades cognitivas, visando a reabilitação cognitiva e redução se sintomas, com base na plasticidade cerebral.

A atuação do neuropsicopedagogo clínico em consultórios, clínicas, postos de saúde e outros ambientes é, basicamente, compor equipes multidisciplinares que façam avaliação e intervenção em crianças e adolescentes com dificuldades cognitivas.

Em 2014 foi fundada a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), visando implementar a divulgação, apoio e difusão das áreas compreendidas pela Neuropsicopedagogia e Neuroeducação.

O primeiro curso de neuropsicopedagogia, entretanto, foi realizado em 2008, em Jaraguá do Sul, no estado de Santa Catarina.

Em 2009 a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul criou o curso de Desenvolvimento Neuropsicopedagógico.

Cabem aos neuropsicopedagogos formados a associação aos órgãos já criados ou até a criação de suas Associações Regionais, com a finalidade de manter grupos de estudos e pesquisas neuropsicopedagógicos e transdisciplinares, visando ampliar o conhecimento, facilitar a sua atuação prática e, assim, divulgar a importância do trabalho neuropsicopedagógico nos seus diversos contextos.

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